sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O amor que choveu


Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).
O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?
O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.
O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! -- diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978.
Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele -- se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.
Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor.
Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.
Antônio de Prata

sábado, 22 de janeiro de 2011

Querido John


E antes que tudo ficasse escuro,
quer saber a ultima coisa em que pensei ?
em VOCÊ!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Há momentos na vida da gente...



Que a gente se pergunta por que é que as coisas são assim, e são nesses momentos, que paramos para refletir sobre o real sentido das coisas, descobrindo assim as certezas e as incertezas da vida que a gente vem carregando desde sempre. O interessante disso tudo, é que não é apenas questão de rever os princípios, mas é questão de rever a si mesmo, em quem você se tornou em, como você interage com as pessoas. Perguntar-se por que as coisas são assim não adianta em nada se você não demonstra pra você mesmo o seu brilho, a sua força, a sua garra, o seu carisma, o seu alto astral, seu vigor, sua juventude. Não basta apenas mostrar pra você mesmo, você deve agarrar isso com tudo, e provar pra todo mundo do que você é capaz e COMO você se dispõe a encarar seus medos e seus tropeços de cabeça erguida, de peito aberto, sem medo, sem preceitos, sem esquecer-se de quem você realmente é de que como você realmente gostaria de ser. É com esse pensamento que você abre as portas de você mesmo para que o seu verdadeiro EU. Mostre a todos quem está por dentro e abrindo essa porta, também, é que você consegue trazer pra dentro, interagir com o exterior, absorver as coisas. Nessas horas, temos que ficar atentos e criar um filtro para drenar tudo de ruim e absorvermos somente o bom, o agradável, o doce. Se você consegue acordar todos os dias, com o brilho nos olhos, disposto a enfrentar seus medos, e dar um tapa nos inimigos, você consegue obter de você mesmo e dos outros tudo aquilo que você sonha, tudo aquilo que você quer. É a capacidade de nos apaixonarmos todos os dias é que nos fazem criar asas e alçar vôo rumo a lugares mais distantes, mais bonitos. O fogo inocente dos olhos de uma criança, o brilho curioso, é o que devemos ter para conseguirmos sonhar, viver, sorrir e crescer.

Ele: Que horas são?


Ela: 14:14

Ele: Ah..

Ela: Sabia que quando você olha as horas iguais, a pessoa que você ama está pensando em você?

Ele: Ah, é?

Ela: Eu não acredito muito, mas dizem né..

Ele: Ah, mas é a maior mentira isso.

Ela: Por que?

Ele: Porque se você olhar daqui 2 minutos, eu ainda vou estar pensando em você.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A última música


Ele não estava interessado em namoricos, nao queria seduzir ninguem só pra exibir seus talentos de conquistador , nao estava interessado em jogar seu charme para conquistar uma garota e depois troca-la por outra assim que uma nova conquista mais atraente aparecesse .
Ele nao era assim. E nunca seria assim quando conhecia uma garota , a primeira coisa que perguntava para si mesmo nao era se ela servia para sair com ele algumas vezes, mas sim se ela era do tipo de garota com quem conseguiria se imaginar por um bom tempo...
Ele a troxe para perto de si e a beijou-a debaixo de um manto de estrelas , imaginando como tinha sorte de ter encontrado alguem como ela. E dentro de si algo insistia em dizer quantos amores de verão sobrevivem ao poder do tempo.

A última música




" Ás vezes é preciso se afastar das pessoas que você ama, mas isso não quer dizer que você os ama menos, ás vezes você os ama mais ainda "